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Foto do escritorAriel Farias

SUDESTE ASIÁTICO 17º Dia - Chegando na terra do Bruce Lee (20/11/2016)

E depois de 3 horas de voo, o voo mais longo que pegamos nesta viagem, chegamos a Hong Kong. Geopoliticamente falando, Hong Kong não fica no sudeste asiático, mas, aficionado por filmes de kung fu "honconguenses" e do Bruce Lee desde pequeno, Hong Kong pra mim se tornou uma cidade mitológica e um sonho de consumo um dia conhecê-la. Sendo assim, estando ali tão perto, não iria perder essa chance.

Chegamos quase no fim da manhã e a imigração no aeroporto foi tranquila, só ficamos meio "nervosos" com um cartaz grande que dizia: "passageiros com sintomas de gripe devem se apresentar imediatamente ao Health Control para quarentena" (foi bem no ano que tinha dado aquela epidemia de H1N1).

No Aeroporto, que é gigantesco, já deu pra sentir aquele "baque". Acabávamos de vir de um país bastante pobre economicamente para um que esbanja ostentação, uma mudança drástica. Só pra ter uma ideia, pra ir da sala de desembarque para a imigração tem que se pegar um metrô interno hiper modernoso, que fica num salão com um jardim vertical e uma cascata artificial (pouco extravagante).

Jardim vertical e cascata artificial no terminal do Aeroporto de Hong Kong


A primeira coisa que fizemos foi comprar os nossos Octupus Card, uma (das várias) coisa bem legal de Hong Kong, que é um cartão que, como o nome indica, permite ser usado para 8 coisas diferentes, as que eu lembro eram: metro, ônibus, ferry e compras em mercados, muito prático! Só ir nas maquininhas que tem pela cidade toda, carregá-lo com dinheiro ou cartão de crédito e usá-lo. Usamos bastante o cartão nas máquinas automáticas de bebidas que tem em toda estação de metrô e por incrível que pareça, com preços menores do que no 7 Eleven. A Juju se viciou de cara no Oolong Tea (chá de oolong) gelado que vendiam nessas maquininhas.

Maquininhas de refresco espalhadas pela cidade

O Aeroporto possui uma estação de metrô dentro dele com uma linha própria que leva à cidade, mas como custava algo em torno de 50 reais a passagem pra nós dois, optamos então por pegar um ônibus do lado de fora dele e que levava até a estação de metrô mais próxima (Estação Tung Chung), o que acabou dando menos de 10 reais pra cada um já incluindo o preço do metrô (é, transporte público em Hong Kong é um pouco caro, padrão Brasil).

No caminho até a parada passamos ainda por uma exposição que acredito que era temporária, com fotos e curiosidades sobre Bruce Lee, e ali já começamos a ver como o país/cidade exalta de forma constante os seus símbolos, sendo o Bruce Lee o maior deles.

Exposição do Bruce Lee na saída do Aeroporto

Bruce Lee na verdade nasceu em São Francisco, nos Estados Unidos, mas foi criado em Hong Kong e voltou aos EUA somente com 18 anos para estudar, trazendo com ele o formato dos filmes de Kung Fu de Hong Kong, popularizando o gênero no ocidente, sendo considerado o ator que introduziu o cinema de artes marciais em hollywood, abrindo as portas das produções cinematográficas de Hong Kong para o mundo.

Descemos na estação Jordan, bem no meio "do fervo" de Kowloon e aqui, cabe explicar um pouco do que é Hong Kong:

Hong Kong não é um país, é uma região que até 1997 pertencia à Inglaterra e hoje pertence à China, no entanto, é uma região autônoma utilizada pela China como "zona economica especial", sendo um canal de abertura da economia chinesa para o capital estrangeiro, possuindo regras específicas de livre comércio. Além disso, possuem governo próprio, moeda própria e leis migratórias próprias (por exemplo, não necessita de vistos para brasileiros sendo que na China sim), além de possuir o inglês como língua oficial, ainda que o cantonês seja mais amplamente utilizado.

Hong Kong é um arquipélago que possui 3 ilhas principais, a Ilha de Hong Kong, Ilha de Lantau (onde fica o aeroporto e o Buda sentado) e Kowloon (que na verdade fica no continente e é a área mais "popular" digamos). Todas elas são ligadas por ferrys, metrô e estradas, sendo que estes dois últimos são subterrâneos e passam por baixo do mar. Como Kowloon é a região mais central e com os menos piores preços de hospedagem, optamos por ficar por ali, bem próximos à Nathan Road, uma espécie de Avenida Paulista da cidade.

Primeiro contato com as ruas de Hong Kong (no prédio em construção ali atrás ficava o nosso hostel)

É em Kowloon também que fica a famosa Chung King Mansion, um prédio "sem lei" com infinitos andares onde se concentra o comércio "obscuro" da cidade, cheio de lojas de imigrantes, maioria indianos e paquistaneses (mas tem gente do mundo todo), que vendem de tudo, milhões de alfaiatarias (aqui em Hong Kong eles te abordam na rua toda hora te oferecendo serviços de alfaiate), além de comidas, coisas "ilegais" e hospedagens de tudo o que é tipo, sendo considerado o local dos menores preços da cidade. As hospedagens que tem lá são daquelas de 1 metro e meio quadrado que só cabe a pessoa no quarto e mais nada. Até olhamos algumas por ali no booking, mas as avaliações eram sempre terríveis e o preço, apesar de ser o mais baixo da cidade, não era tão barato assim pros padrões asiáticos, e conseguimos um hostel em outro local um pouquinho mais caro só.

Voltando então, saímos da estação por volta do meio-dia e, não avistando nada que parecesse um hostel no meio das milhares de lojas e centros comerciais ali da Nathan Road, fomos primeiro procurar um lugar pra almoçar e entramos no lugar que tinha cara de ser o mais barato ali das redondezas, um restaurantezinho chinês bem simples. Quando olhamos o cardápio, tivemos mais um "baque": acostumados a almoçar por 1 dólar, no máximo 2 lá no Camboja, ali em Hong Kong, no restaurante mais simples da avenida, um em que os talheres (hachis) ficavam em cima da mesa pegando pó e poluição o dia todo, a comida mais barata que tinha custava o equivalente à 24 reais!!! Rapidinho então já se adaptamos a nova realidade da nossa viagem. Pedimos dois soap noodles ali bem faceiros e ainda contamos com a ajuda de uma cliente para nos traduzir o que o tio do boteco que não falava inglês começou a resmungar para nós: que não tinha o peixe que nós pedimos, se ele podia trocar por frango.

Com uma cara de quem não tomou banho e nem dormiu direito, paramos no primeiro boteco que vimos para almoçar

Com a sobrevida proporcionada pelo almoço, fomos então procurar nosso hostel. No endereço que constava no booking não tinha nada parecido com um hostel, então fomos pedir ajuda num cafeteria ali do outro lado da rua (acho que era um Mcdonalds, não lembro). O rapaz que estava no caixa, muito prestativo, largou o que estava fazendo para nos ajudar: pegou nosso celular, olhou os mapas, olhou o endereço do hostel no booking, enfim, fez de tudo e conseguiu descobrir pra nós que o nosso hostel ficava dentro do prédio comercial ali na outra esquina. Fomos nós então.

Entramos naquele prédio que parecia a Galeria do Rosário (pra quem conhece Porto Alegre), com milhares de lojas de produtos de procedência duvidosa no primeiro andar e, subindo as escadas, aqueles corredores mega lúgubres que no Brasil você só subiria com alguém que conhece o lugar. Mas numas dessas portas tinha ali um cartaz: HoHo Hostel, encontramos finalmente nosso hostel! E era um hostel bem bom, pequeno como toda habitação em Hong Kong, mas muito limpo (os staffs passavam o tempo inteiro limpando) e organizado, recomendo fortemente.

A guria que nos recebeu, numa primeira impressão parecia meio antipática, mas depois descobrimos que ela não falava muito bem inglês e por isso tinha um pouco de vergonha.

Mais de 24 horas sem dormir direito e sem banho, iriamos descansar um pouco? Claro que não! Com pouco tempo para aproveitar essa cidade incrível (ficaríamos só 4 dias), fomos só tomar um banho (e nisso já demorou uma meia hora até a atendente nos explicar como funcionava os chuveiros que era tri complexo, tinha um monte de botão de várias cores do lado de fora deles e tinha que ligar um e desligar outros pra funcionar a ducha tal, uma loucura...) no banheiro mais limpo que eu já tinha visto na vida, e já fomos explorar a cidade.

Antes de sair conhecemos uma das nossas colegas de quarto, uma jovem que era ali de Hong Kong mesmo mas ia passar uns dias no hostel porque sua casa estava em reformas. Ela nos sugeriu comermos à noite o prato "Claypot Rice", que dizia ser o prato mais "típico" da cidade, então já deixamos combinado de experimentá-lo.

Saímos então seguindo a Nathan Road em direção a um dos mais icônicos lugares de Hong Kong, a Avenue of Stars: um espaço dedicado ao cinema e artes de Hong Kong, uma calçada da fama contendo a assinatura, forma dos pés e mãos dos maiores artistas da região, além de estátuas de algumas figuras famosas, entre elas a famosa e instagramável estátua de Bruce Lee.

No caminho, entre milhões de vendedores oferecendo serviços de alfaiataria, encontramos o nosso templo, o 7Eleven! Porém, a alegria durou pouco quando percebemos que os preços ali não tinham nada de "tailandeses", eram nível Hong Kong de careza, além de pouquíssimas variedades de produtos e comidas se comparado aos da Tailândia. Macarrão instantâneo sim, esses tinham milhares, dos mais variados tipos e preços, os chineses são mesmo loucos por essas massinhas com gosto de plástico.

Primeiro "rolê" na Nathan Road: na segunda foto um shopping podre de chique com uma lona que imitava um efeito de trovões


Infelizmente quando fomos, a Avenue of the Stars, que fica no calçadão à beira mar, estava em reformas, mas as estátuas e as placas dos artistas estavam expostas noutro lugar, um pouco mais ao leste do local original, numa elevada que depois se tornou o "Garden of the Stars", uma espécie de continuação da Avenue of Stars.

Garden of the Stars


Apesar de não ser na beira da baía, dali já tivemos a nossa primeira visão dela e ficamos boquiabertos com o tamanho dos arranha-céus tanto de Kowloon quanto os da ilha de Hong Kong, lá do outro lado.

Vista da Garden of the Stars com a ilha de Hong Kong ao fundo

Ficamos ali procurando os artistas honconguenses (é assim que se fala será?) que conhecíamos. Destes encontramos plaquinhas do Tsui Hark, Jackie Chan, Stephen Chow e Jet Li.


Plaquinhas dos artistas de Hong Kong


E é claro, a cereja do bolo, a belíssima estátua do mestre Bruce Lee, considerado um dos principais monumentos de Hong Kong, muito emocionante.

Icônica estátua de Bruce Lee


Depois de mais um tempo observando as pessoas tirarem tudo que é foto em poses bizarras com o mestre Bruce (inclusive nós também), fomos então conhecer um dos parques de Hong Kong, o Kowloon Park.

Imitando os locais e "desrespeitando" o mestre


Hong Kong, apesar de seu ritmo "frenético", com seus arranha-céus gigantescos e gente correndo pra tudo que é lado, possui alguns lugares "de paz", espécies de oásis zen em meio ao caos. Os três principais são os parques Kowloon, Hong Kong e Victoria (sendo esses dois últimos localizados na ilha de Hong Kong) e a nossa ideia era conhecer os três durante nossa passagem por Hong Kong se desse tempo. Este dia então, como nossa ideia era ficar ali por Kowloon mesmo, fomos para o Kowloon Park, que fica ali no meio da muvuca na Nathan Road, quase em frente à Chung King Mansion.

Logo na entrada do parque, uma coisa nos chamou a atenção: muitas (muitas mesmo) mulheres muçulmanas vestidas com burca, juntas em grupinhos fazendo altos piqueniques cheios de comida, não só ali mas em todo o parque. Até pensamos que estivessem vendendo quitutes de tanta coisa que carregavam. Descobrimos depois que essas mulheres são, em sua maioria, mulheres que vem da indonésia e malásia para tentar a vida em Hong Kong, onde a moeda é muito mais valorizada e, como elas não tem para onde ir nas horas vagas, ficam ali pelo parque confraternizando com suas conterrâneas.

Mulheres muçulmanas que ficam pelo Parque Kowloon

Quanto ao parque, achamos sensacional! Dos três parques principais, Kowloon seria o mais "simplesinho" deles, mas mesmo assim é um parque belíssimo, com cascatas artificiais, fontes, lagos, um aviário, tudo muito limpo e majestoso. Ficamos imaginando: se este é o mais simples, imagina o que é os outros?


Belíssimos jardins do Kowloon Park, com fontes e um lago com flamingos!


O parque conta inclusive com um "labirinto natural", com arbustos muito bem aparados e organizados.

Labirinto "vivo" dentro do parque


Outra coisa que nos deixou perplexos é o sinal fortíssimo de wi-fi grátis em todo o parque, além de banheiros públicos limpíssimos também gratuitos. Essa época foi bem no "boom" do joguinho do Pokemón e tinha bastante jovens jogando pelo parque, inclusive a Juju aproveitou pra caçar uns também e até virou líder de um ginásio Pokemón em plena Hong Kong (da-lhe Brasil! ehehehe)!

Caçando Pókemon

Também ali no parque fica o "Avenue of the Comic Stars", um espaço reservado aos artistas de animação chineses, com diversas esculturas dos personagens de quadrinhos e animações chinesas (não reconhecemos nenhum).

Avenue of the Comic Stars


Mas o que mais nos fez cair o butiá do bolso foi a piscina pública que tem dentro do parque! Imagina uma piscina dos clubes mais caros aqui do Brasil? É tipo isso, uma piscina podre de chique, que conta ainda com uma piscina térmica ao lado, só que totalmente pública (no dia ambas piscinas estavam desativadas pois estávamos no início do inverno na região)!

Boquiaberto com a piscina pública dentro do parque


Pra tu ver né? O local que é considerado o paraíso do capitalismo com tantas coisas fornecidas pelo Estado de forma pública e gratuita (os liberais aqui do Brasil tinham que vir aqui aprender algumas coisinhas...).

Para fechar, o parque ainda é cercado por enormes prédios que contam com infinitos apartamentos "populares". Não sei como funciona mas é tipo o "minha casa minha vida" chinês (mas com apartamentos que devem ser ainda mais minúsculos).

Gigantescos prédios "populares" de Hong Kong

Chegando à noite, fomos retornando ao calçadão para assistir ao Symphony of Lights, um espetáculo que acontece todas as noites, pontualmente às 20h, desde 2004, estando no Guinness como o show mais longevo deste tipo.

Chegando a noite, as ruas vão se iluminando. Na última foto o hotel que se hospedamos (heuaheuahe, jura né...)


O Symphony of Lights se trata de um espetáculo de luz e som onde os prédios da cidade (mais especificamente os da ilha de Hong Kong), juntamente com holofotes e lasers posicionados na baía, se iluminam formando figuras e desenhos, tudo de forma sincronizada com uma música tocada em auto-falantes estrategicamente posicionados no calçadão à beira-mar de Kowloon, sendo ali o local ideal para assistir ao espetáculo, que dura 15 minutos.

Symphony of Lights

Confesso que o show propriamente dito é bem furreca, mas a paisagem dos arranha-céus iluminados vistos do calçadão de kowloon à noite é sensacional!

Baía de Kowloon; Torre do relógio, resquício da colonização inglesa em Hong Kong


Terminado o espetáculo e agora sim já noite escura, é essa hora que as ruas de Kowloon começam a "ganhar vida": gente pra tudo que é lado e as ruas parecendo dia claro de tão iluminadas pelos painéis luminosos das lojas.

Maravilhados com as luzes da noite Honconguense


Fomos seguindo a Nathan Road sem pressa, parando para ver as vitrines e entrando em algumas lojas para dar uma olhadinha. Diferente da hospedagem e de produtos para alimentação, as roupas até que tinham preços muito bons. A Juju aproveitou para trocar o seu tênis por um novo num outlet da Reebok por um preço três vezes menor do que se comprasse aqui no Brasil. Procurei também pela camisa da seleção de futebol de Hong Kong (sim, existe), mas acabei não encontrando, apesar de que em lojas oficiais devia ser muito cara e eu não iria comprar de qualquer jeito hehe.

Hong Kong também é famosa por suas feiras de rua (existem várias), aquelas típicas feiras asiáticas onde um monte de tendas são montadas em estilo camelozão para vender de tudo, de comida à eletrônicos, passando por brinquedos, roupas e souvenires para turistas. Em Kowloon as mais famosas são duas que acontecem à noite: a Temple Street Night Market e a Ladies Market (que o nome dá a entender que é uma feira só pra mulheres mas nada haver, é igual às outras). Como não queríamos nos expandir muito, essa noite fomos conhecer a Temple Street por ser menor e mais perto do nosso hostel.

Temple Street Night Market

Essa feirinha é bem legal e com coisas muito baratas. Também funciona naquele velho esquema de pechinchar pra tudo (se não pechinchar ficam brabos), mas o preço normal que tem nas etiquetas já é muito barato. Pra ter uma ideia, aquelas camisas turísticas com dizeres tipo: "I love HK" custavam o equivalente à 10 reais. Muitos brinquedos também, aqueles que vendem em feiras de anime aqui por mais de 100 reais lá se encontrava por 15, no máximo 30 reais. Bastante camisas de futebol muito bem falsificadas e baratas mas também não encontrei a tal camisa da seleção de Hong Kong.

Demos umas 3 voltas na feira e depois fomos olhar as lancherias para comer. Queria experimentar o Claypot que a guria do nosso quarto nos indicou, então procuramos o lugar que tivesse menos turistas na esperança que fosse mais barato. Comemos então, por 24 reais cada prato (facada!), num botequinho duma senhorinha que ficou debochando do meu inglês. Não sei se era o restaurante ali que não era bom ou se é o prato em si, mas achei uma comida bem sem-graça, um arroz empapado sem gosto servido com uns salsichão numa panelinha de barro (acho que foi o dinheiro mais mal gasto nessa viagem).

Ali também constatamos outra característica da cidade: por mais que as ruas fossem limpíssimas e as edificações uma ostentação pura, na hora de fazer a comida a higiene segue o mesmo padrão asiático, aquele padrão de higiene que nós brasileiros vemos com estranheza. Fui procurar o banheiro ali do "restaurante" e passei pela cozinha caótica: pratos sendo lavados em baciões tudo com a mesma água e paredes que escorregavam de tão engraxadas de banha. O banheiro também, ficava numa porta que levava para um bequinho nos fundos do prédio e lá ficava uma casinha com banheiro, ao lado de uma montoeira de lixo, lembrando muito aqueles filmes de máfia chinesa. Banheiro também estilo asiático, sem papel higiênico e só com uma bacia com água do lado do vaso para se limpar (pra quem não sabe, dá uma pesquisada aí no Google como funciona). Nós já estávamos acostumados com essas "porquice" então nem dávamos muito bola, mas pensávamos que por Hong Kong possuir um nível mais elevado economicamente, haveria algo parecido com uma vigilância sanitária, mas pelo visto não.

Já passava da meia-noite quando retornamos pro hostel. Para nossa surpresa o prédio já estava fechado, só com uma portinha de emergência dando acesso. Se de dia os corredores daquele prédio já eram sinistros, a noite então nem se fala, pareciam de filme de terror. Se fosse em outro lugar nunca que entraríamos num prédio desses à noite.

Depois de um dia "frenético", onde tomamos uma overdose de informação (e de satisfação) nesse nosso primeiro contato com Hong Kong, somado a quase 48 horas sem dormir direito, abrimos a porta do quarto e já caímos duros na cama.



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